Postado Em: 02/05/2023 - 11:41 |

Agrishow 2023 APTA Regional entrega alternativas de agregação de valor à produção com pacotes tecnológicos para APLs ao produtor rural

Inovações poderão ser usufruídas por diferentes segmentos do agronegócio paulista e brasileiro

 

O Governo de SP, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Secretaria de Turismo e Viagens, expõe suas iniciativas durante a Agrishow 2023, maior feira do agronegócio do País, que ocorre de 1º a 5 de maio, em Ribeirão Preto (SP). No estande da Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (APTA), que engloba sete instituições ligadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, cada unidade traz inovações para transformar a vida do produtor paulista.

A APTA Regional, que concentra 18 Unidades de Pesquisa e Desenvolvimento Regional (UPDR) distribuídas no Estado de São Paulo, estará presente na Agrishow, transferindo tecnologias por meio dos trabalhos dos Arranjos Produtivos Locais do Agro (APLs), do Gecca - Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça, que realiza estudos dos derivados da cana, e também ações da cadeia da fungicultura.

“A APTA Regional leva pacotes tecnológicos para APL, propondo alternativas que viabilizem o desenvolvimento e a sustentabilidade social, econômica, ambiental e cultural das famílias dos pequenos e médios produtores rurais”, destaca Daniel Gomes, diretor geral da Apta Regional.

Os pacotes serão apresentados no Pavilhão dos Artesanais, área destinada para produtos do segmento, onde os visitantes poderão conhecer diversos tipos de mercadoria de qualidade advindas de vários lugares do Estado de SP.

GECCA – Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça

Há quase duas décadas, a partir da formação do grupo de trabalho Gecca, atualmente coordenado pela pesquisadora da APTA Regional Elisangela Marques Jeronimo Torres, atua em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, além da transferência de conhecimentos voltadas para cadeia da cachaça e dos derivados da cana-de-açúcar.

Recentemente o grupo de trabalho participou da retomada da Câmara Setorial da Cachaça, do lançamento do livro "Cachaça.SP" e do lançamento da Instrução Prática “Produção Artesanal de Derivados de cana-de-açúcar: açúcar mascavo, melado e rapadura” (em parceria com a CATI/SAA).

Atualmente está trabalhando na realização do Concurso “CACHAÇA.SP”, realizado pela Secretaria de Agricultura, visando valorizar, divulgar e realizar um resgate cultural da cachaça produzida no estado de São Paulo, focando na sustentabilidade da cadeia da cachaça paulista.

Segundo Elisangela, a adoção de novas tecnologias, junto às boas práticas no processo de produção, a qualidade da cana-de-açúcar como matéria-prima, as linhagens de levedura para fermentação, os cuidados com a destilação, a dinâmica da comercialização, estão em constante evolução no setor e o estado de São Paulo produz cachaças de excelente qualidade, que estão sendo reconhecidas em concursos nacionais e internacionais de destilados. O produto hoje tem novo status, destinado a um nicho de consumidores mais exigentes e dispostos a pagar mais por uma bebida diferenciada.

Gestão de Cadeias Produtivas da APTA Regional: APL, Câmaras Setoriais, Indicadores Geográfico e Artesanais.SP

Nos últimos anos, o produtor rural passou por um processo de tecnificação e necessidade da busca da eficiência para se tornar competitivo no mercado, o que trouxe novos desafios para o Estado atender, na totalidade, suas demandas da forma que estava estruturado. A urgência de novas ferramentas de gestão pública se fez necessária para a sustentabilidade da cadeia produtiva paulista.

A APTA regional possui 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento (UPDR) (www.agricultura.sp.gov.br/web/apta-regional/unidades-de-pesquisa-regional)  localizadas de forma estratégica pelo território paulista. Cada unidade possui uma especificidade local, devido ao corpo de pesquisadores científicos de diversas áreas de conhecimento, como um mosaico de massa crítica pronta para resolver os problemas do setor produtivo. Essa expertise junto às diversas cadeias produtivas ganhou escala por meio de programas, projetos e diversas coordenadorias na Secretaria de Agricultura e Abastecimento/SAA-SP (Institutos de Pesquisa, CATI, CODEAGRO, Defesa, Câmara Setorial e Assessoria Técnica) que transborda (spillover) para outras Secretarias de São Paulo (Secretaria de Desenvolvimento Econômico/SDE e Turismo) e Órgão Federais (MAPA e INPI).

Toda essa atuação ocorre de forma transversal e multidisciplinar para atender às necessidades dos modernos produtores rurais paulistas.

Vale destacar como principais ações:

1 - APL do Agro/Arranjos Produtivos Locais é um programa que está sob a responsabilidade, no processo de reconhecimento, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico/SDE. Em 2021, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento realizou uma parceria para mapear e aproximar-se dos grupos vocacionados do setor produtivo do Agronegócio. A estruturação do APL/AGRO na SAA-SP foi delegada à CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), devido sua capilaridade por meio dos Escritórios Regionais, sendo responsável o Agrônomo Rolando Salomão Carvalho Custodio do Nascimento. Enquanto a condução de todas as etapas para conseguir o reconhecimento das APL’s, foi desenvolvido um pacote tecnológico pela pesquisadora  da APTA Regional de Bauru Raquel Nakazato. As principais etapas do pacote tecnológico/metodologia de reconhecimento foram:

- Desenvolvimento de questionários e validação;

- Realização de entrevistas e diagnóstico;

- Treinamentos (extensionistas da Cati e atores do setor);

- Processo de mentoria de reconhecimento de 12 novos APL’s no edital de 2022.

Dessa forma, hoje o Estado de São Paulo possui 84 APL’s reconhecidos, sendo que 34 APL’s dentro do Agro. O reconhecimento é uma etapa importante para que a cadeia produtiva e sua região tenham uma “certidão de nascimento” comprovando sua existência. Isso facilita para que os atores envolvidos na APL obtenham financiamentos, organizem os atores da cadeia e/ou APL, melhorem o acesso à gestores públicos (municipal, estadual e federal) dentre outros benefícios.

2 - Câmaras Setoriais e Temáticas: fóruns de discussão ligados à SAA-SP que possuem acesso às demandas (pesquisa, extensão, fiscalização, proposição de legislação, políticas públicas de aquisição de alimentos e outros) do setor produtivo e atualmente é um canal direto ao Gabinete do Secretário (Decreto 66.417, de 30 de dezembro de 2021). Desta forma, é um locus do setor produtivo para discussão e estruturação das demandas dentro da Secretaria, que, quando necessário, acessa outras Secretarias (Meio Ambiente, Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Turismo entre outras). Atua dentro das demandas de forma coletiva para o objetivo de desenvolvimento institucional e normativo, no sentido da ampliação e aprimoramento da relação entre os setores. Na Resolução SAA Nº 61/ 2022 foram definidasa32 (trinta e duas) Câmaras Setoriais, (https://www.agricultura.sp.gov.br/en/c%C3%A2maras-setoriais) e 11 Câmaras Temática que possuem temas transversais à diversas cadeias produtivas.

3 - Indicação Geográfica/IG: é um processo de reconhecimento realizado pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual), no âmbito federal, com relação direta a característica do produto ou processo produtivo em uma determinada região. Em São Paulo, no ano de 2023, foi instituído o Fórum Paulista (IG e Marcas Coletivas) que possui na sua composição diversas instituições públicas e privadas. A Secretaria de Agricultura está representada por meio da APTA Regional (Raquel Nakazato Pinotti),  IEA (Adriana Renata Verdi) e CATI (Vivaldo Alberto Viganó). Hoje, estão reconhecidas sete IGs Paulistas, sendo quatro IGs do Agro (Uva Jundiahy, Café Alta Mogiana, Café de Garça e Café de Pinhal).

4 - Artesanais SP: é um projeto da SAA/SP com equipe transversal, integrando a APTA (Institutos de Pesquisa e APTA Regional), a Extensão/CATI, a Codeagro, a Defesa/CDA e as Câmaras Setoriais Paulistas. Foram realizados levantamentos dos desafios e potencialidades em 10 cadeias selecionadas (cachaça, vinho, mel, queijos, pupunha, juçara, jabuticaba, milho crioulo, derivados de cana e pescado artesanal) para estruturação de plano de ação para a Secretaria. Vale destacar: serviços especializados, orientação e projetos de pesquisa, com objetivo de mitigar os desafios e fomentar as potencialidades dos produtos diferenciados, agregando valor e competitividade. Têm atribuições de gerar e transferir conhecimentos científicos e tecnológicos com foco nas demandas das cadeias de produção e nas prioridades institucionais nas áreas de conhecimento de seu campo de atuação, funcionando, ainda, como postos avançados de experimentação, manutenção de bancos de germoplasmas, produção de insumos estratégicos e prestação de serviços especializados.

Desta forma, com todas as ações realizadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, as cadeias produtivas podem se sentir representadas e, com relação às suas demandas, atendidas pelos servidores públicos, que estão à serviço para a sustentabilidade do agronegócio paulista.

Mais informações com a pesquisadora científica Raquel Nakazato Pinotti, raquel.pinotti@sp.gov.br

5 - A APTA Regional URPD Monte Alegre do Sul vem, desde 2008, realizando trabalhos de pós-colheita e gastronomia aplicadas a cadeia fungícula do Estado de São Paulo. A produção de cogumelos é uma atividade em desenvolvimento no Brasil, ela tem a capacidade de transformas matérias primas simples, como palhada e bagaço de cana, em proteína alimentícia e compostos químicos e farmacêuticos da mais alta qualidade. A APTA Regional contribuiu de maneira importante para guinar produção nacional de cogumelos, que anteriormente era toda destinada a conserva e sofria com a concorrência dos cogumelos importados, e hoje em dia está focada na produção de cogumelos frescos, agregando à cadeia fungícula diversas vantagens.

Mais informações com pesquisador Daniel Gomes, diretor-geral da APTA Regional

 

 

Cadeia Fungícula e avaliação gastronômica de produtos agrícolas em desenvolvimento

A APTA Regional de Monte Alegre do Sul vem, desde 2008, realizando trabalhos de pós-colheita e gastronomia aplicadas a cadeia fungícula do Estado de São Paulo. A produção de cogumelos é uma atividade em desenvolvimento no Brasil, ela tem a capacidade de transformas matérias-primas simples, como palhada e bagaço de cana, em alimento, proteínas alimentícias e compostos químicos e farmacêuticos da mais alta qualidade.

A APTA Regional contribuiu de maneira importante para guinar produção nacional de cogumelos, que era toda destinada a conserva (produto limitado do ponto de vista nutricional e gastronômico e que sofria com a concorrência dos cogumelos importados), para a produção e consumo de cogumelos frescos, estes muito mais nutritivos, saborosos e versáteis em sua utilização.

Durante o primeiro dia de Agrishow 2023, três chefes de cozinha e professores do ensino técnico do Centro Paula Souza demonstrarão pratos com os principais cogumelos produzidos no Brasil. Os chefs Danielle Massa, Carla Keiko e Luigi Rea são parceiros em pesquisas gastronômicas com cogumelos e produtos agrícolas em desenvolvimento junto à APTA Regional.

São Paulo é hoje o maior produtor de cogumelo do país, que possui hoje mais de mil fungicultores, produzindo cogumelos como Champingnon de Paris, Portobello, Shimeji branco, cinza, amarelo, preto, salmão e Shiitake.

Gecca (Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça) (2006) – URPD Bauru; URPD Piracicaba; URPD Monte Alegre do Sul.

O Gecca (Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça) formou-se no âmbito da APTA Regional em 2006. Inicialmente o grupo de pesquisadoras (APTA Regional e Instituto de Economia Agrícola - IEA) desenvolveu projetos de pesquisa em atendimento às demandas do setor.

Conquistas

Ao longo do tempo, o grupo transferiu conhecimentos por meio de publicações científicas, participação em Congressos, bancas de defesa de teses e orientações em iniciação científica, avançando para a realização de eventos técnicos, capacitação de produtores rurais, docentes, estudantes e público em geral por meio de cursos e palestras.

Transferência da Tecnologia

Como fruto do lançamento da obra da SAA, o Gecca está atuando na articulação dos atores envolvidos no setor, com a reativação e fortalecimento da Câmara Setorial da Cachaça Paulista e participação em eventos e feiras de divulgação da bebida de qualidade produzida no Estado de São Paulo (Cachaça.SP).

Próximos passos

Nos últimos doze meses está atuando fortemente junto ao PEA/Artesanais.SP, auxiliando na produção do livro Cachaça.SP, que destaca um roteiro turístico associado às cachaças de alambique formalizadas produzidas no Estado.

Informações à imprensa
 

Lisley Silvério
Assessora de Imprensa SAA
Cel 19 99822-3533