Banana, fruta mais consumida no mundo é a protagonista no dia de hoje - Apta Regional
Banana, fruta mais consumida no mundo é a protagonista no dia de hoje
Hoje, 22 de setembro, é o dia mundial da fruta mais consumida no Brasil e no mundo: a banana. A data marca a importância desse alimento tão nutritivo e de grande relevância para o cenário econômico, principalmente para o agronegócio paulista, já que o Estado de São Paulo é o grande produtor brasileiro com 26% da produção total do país.
Segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA – APTA), a expectativa da safra 2022/23 é superior a um milhão de toneladas, com uma área plantada de 1,9 mil hectares no estado. O Vale do Ribeira é considerado o maior polo produtor de banana de São Paulo e as principais variedades são: prata, nanica, maçã, ouro e terra.
O Brasil é o quarto maior produtor mundial, ficando atrás somente de Índia, China e Indonésia. De acordo com os dados do IBGE, a safra 2021/22 foi de cerca de 7 milhões de toneladas, em uma área de 453.273 hectares. Um mercado que movimenta mais de R$ 13,8 bilhões por ano.
Parte dessa produção é destinada ao mercado externo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no ano passado, foram embarcadas 83 mil toneladas, com receita de U$S 37 milhões. Os maiores importadores são a União Europeia e os países do Mercosul.
Pesquisa
Para incentivar e desenvolver ainda mais o setor, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) contribui fortemente com diversas ações que englobam desde estudos de melhoramento genético na produção à medidas fitossanitárias.
Pesquisas desenvolvidas pela APTA mostram que é possível elevar a produtividade dos bananais ao utilizar técnicas corretas de manejo da cultura. De acordo com Erval Rafael Damatto Junior, pesquisador e diretor da APTA Regional de Pariquera-Açu, a média de produtividade nacional é de 14 toneladas por hectare. “No Vale do Ribeira, a média é maior, de 22 toneladas por hectare. Porém, a partir das nossas pesquisas, verificamos que é possível mais que dobrar essa produtividade com o uso de técnicas corretas de manejo do solo e nutrição de plantas. Tivemos experimentos que alcançaram até 65 toneladas por hectare”, conta.
Em maio deste ano, a SAA publicou no Diário Oficial, uma resolução que estabelece a criação do Programa Estadual de Fitossanidade da Cultura da Banana. “Com essa norma, defendemos a sustentabilidade fitossanitária no Estado de São Paulo, além de definirmos com mais clareza as ações de defesa sanitária voltadas à cultura”, explica Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV).
O programa prevê ainda o cadastro de todas as unidades de produção comerciais de banana do Estado, objetivando a redução da disseminação das pragas quarentenárias presentes; a prevenção da entrada de pragas ausentes; minimizar danos econômicos na cultura por meio de medidas de contingência de pragas ausentes e estabelecer protocolos e normas complementares, visando garantir a rastreabilidade e a qualidade do produto final.
Para o secretário de Agricultura, Antonio Junqueira, a bananicultura é um setor do agro que merece atenção redobrada. “Integramos o trabalho de nossas coordenadorias com a pesquisa de nossos institutos. Nosso foco é melhorar a rentabilidade do produtor paulista com incentivo às boas práticas, desde o manejo do solo até a comercialização do produto”, acrescenta Junqueira.
Bananeira sustentável e resistente
No Vale do Ribeira, a Secretaria de Agricultura, por meio da Apta Regional de Pariquera-Açú, está com estudo sobre o uso de composto orgânico no cultivo de bananeiras e a seleção de novas cultivares com resistência a Fusariose de bananeira.
Segundo o pesquisador Edson Nomura, o projeto avalia os efeitos de doses de composto orgânico no cultivo de bananeiras, visando à saúde do solo com o equilíbrio do uso de fertilizantes químicos e orgânicos. “É uma avaliação inédita das atividades enzimáticas dos microrganismos e da atuação no solo com o uso do composto.”
O diferencial deste estudo é aliar os benefícios do uso de fertilizantes químicos e orgânicos para o cultivo sustentável de bananeiras. “Este estudo pode influenciar no aumento e estabilidade da produção, visto que está se trabalhando com a saúde do solo, mantendo em equilíbrio”, afirma Nomura.
O produtor tem uma enorme vantagem com o uso de compostos orgânicos, garantindo uma produtividade mais estável e duradoura e diminuindo a dependência de insumos externos como fertilizantes minerais e irrigação. O uso constante do composto orgânico pode reduzir o uso de fertilizantes químicos.
Outra relevante pesquisa em andamento para a região do Vale é a seleção de novas cultivares com resistência a Fusariose de bananeira. Para isso, está em avaliação o desenvolvimento, a produção e a pós-colheita de bananeiras somaclonais do subgrupo Cavendish [conhecida como banana nanica ou banana d'água no Brasil], nas condições edafoclimáticas da região do Vale do Ribeira.
“O estudo pode influenciar no aumento da produção, com menor número de perdas de plantas atacadas com a doença, diminuindo o custo de produção, além de menor uso de agroquímicos”, explica Nomura.
Por
Guilherme Santos
Assessoria de Comunicação SAA
Lisley Silvério
Departamento de Comunicação Regional SAA
Assessoria de Imprensa - Apta Regional