Cavalos de combate BH – APTA Regional de Colina

 

O projeto consiste numa parceria entre pesquisa agropecuária e segurança pública  que traz benefícios diretos para a sociedade com a redução das taxas de criminalidade e estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor de portadores de deficiência. Há mais de 40 anos, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da APTA Regional de Colina da  Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), disponibiliza anualmente, de 25  a 30 cavalos da raça Brasileiro de Hipismo (BH) usados pelo Regimento da Cavalaria 9 de Julho, ligada à Secretaria de Segurança Pública estadual. Os cavalos são utilizados em ações da Polícia, na área de monitoramento e contenção de aglomerações, além de atividades de equoterapia, oferecidas em sete municípios paulistas, e competições esportivas.

A Unidade desenvolve pesquisas científicas com cavalos há 90 anos em Colina, interior paulista, considerada a “capital nacional dos cavalos”. Os trabalhos envolvem reprodução, sanidade, sistema de criação e nutrição de equinos. A APTA Regional contribuiu para o desenvolvimento da raça Brasileiro de Hipismo (BH). De acordo com dados da Cavalaria (Regimento 9 de julho),  70 % dos  cavalos da corporação são oriundos da APTA Regional. Esses animais ajudaram a reduzir a taxa de criminalidade no Estado de São Paulo, devido aos seus trabalhos junto à Polícia Militar Montada.

Segundo informações do Regimento de Cavalaria 9 de Julho, os animais disponibilizados pela APTA possuem porte alto, força, docilidade e coragem, cujas características são fundamentais para o trabalho desenvolvido pelo Regimento. A altura ajuda a conquistar o respeito da população e a evitar que ocorram conflitos. A força permite que eles consigam trabalhar mais de seis horas por dia. A docilidade e a coragem são outras características importantes, pois possibilitam que os animais mantenham a calma, mas estejam prontos a receber os comandos”.

Essas características próprias do trabalho de policiamento são alcançadas por meio de trabalho conjunto da APTA e da Polícia Militar, que disponibiliza dados de rendimento e característica dos animais para a realização dos cruzamentos futuros. Desta forma, consegue-se focar o cruzamento dos animais para as atividades de policiamento, possibilitando estabelecer um programa de melhoramento genético de cavalos para este fim.

Praticamente 100% dos cavalos disponibilizados pela APTA são considerados como adequados pela Polícia, ou seja, não há rejeição desses animais.

Após o nascimento e desmame dos animais, a APTA realiza um trabalho relacionado ao comportamento – foco de pesquisas científicas da Agência – obtendo informações sobre o temperamento, posteriormente utilizadas na escolha de matrizes e reprodutores, e adotando técnicas de manejo que estimulam a docilidade desses potros desde cedo.

Quando chegam na Cavalaria 9 de Julho, na capital paulista, os cavalos recebem treinamento dos policiais por, aproximadamente, seis meses, até estarem prontos para iniciar os trabalhos nas ruas de todo o Estado de São Paulo. Os animais atuam nesse trabalho até atingirem, em média, 20 anos.

Depois disso, são aposentados e podem ser doados para os policiais que atuam junto a eles, desde que mantidas regras relacionadas a não utilização deles em trabalhos na propriedade rural e seguidas as recomendações de instalação para seus cuidados.

Equoterapia e desempenho esportivo

Além das ações de policiamento, os animais são usados em serviço social pela Polícia Militar, na área de equoterapia, um método terapêutico que usa cavalo para estimular o desenvolvimento neuropsicomotor do paciente.

As atividades com os cavalos do Regimento da Cavalaria 9 de Julho são direcionados a pessoas portadoras de algum tipo de deficiência neurológica, física, cognitiva ou comportamental.

Na área esportiva, os cavalos da raça Brasileiro de Hipismo produzidos pela APTA são utilizados em competições de salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação (CCE).

A égua IZ Xilena, criada na APTA, é uma das estrelas da história da unidade de Colina, pois é o animal brasileiro que mais participou de grandes eventos esportivos.

A IZ Xilena foi ouro nos Jogos Pan Americanos da Argentina (1995) e prata no do Canadá (1999). Além disso, o animal participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992) e de Atlanta (1996) e dos Jogos Equestres Mundiais de Roma (1998).

 

Nome do Coordenador

Fernando Bergantini Miguel

Equipe

Flávio Dutra de Resende; Anita Shimideck

Parceiros

Regimento de cavalaria 09 de Julho – Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo

Como se dá a Transferência de Tecnologia

 Anualmente os animais da Raça BH são transferidos da URPD-Colina para o Regimento de Cavalaria 09 de Julho onde são treinados para desempenharem as atividades de policiamento montado na Capital e interior

Contato

Fernando Bergantini Miguel

Fone: 17 - 99619-1312

E-mail: fernando.bergantini@sp.gov.br