Secretaria de Agricultura de SP avalia linha de crédito para a cobertura de vinhedos paulistas

Postado Em: 05/12/2024 - 18:50 | Autor: Assessoria de Comunicação

Recurso tem como objetivo proteger as lavouras de uva de pássaros e questões climáticas, que comprometem a qualidade dos vinhos produzidos em SP

Os vitinicultores paulistas estão preocupados com os estragos causados por pássaros, que provocam deterioração secundária ocasionada por bactérias, fungos e, consequentemente, atraem insetos para as lavouras. Com isso, os parreirais acabam produzindo uvas de baixo padrão, o que resulta em vinhos de qualidade inferior.

Por esse motivo, a Câmara Setorial de Vitinicultura, Vinho e Derivados, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, se reuniu com representantes da Frente SP Vinhos, na quarta-feira (04/12), para discutir soluções em prol da cadeia produtiva da uva.

Na ocasião, foi proposta a criação de uma linha de crédito, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), específica para promover o cultivo protegido dos parreirais, que traz benefícios tanto em relação aos pássaros, que não terão acesso ao cultivo, mas também sobre doenças e adversidades climáticas, como as chuvas de granizo.

O secretário executivo da Agricultura, Edson Fernandes, avaliou positivamente o tema proposto pelo setor.  “Precisamos estar atentos às mudanças climáticas e todas as necessidades que cada setor demandar. Vamos envolver outras culturas para este projeto, a fim de promover uma produção saudável e rentável da fruticultura paulista”, afirmou Edson Fernandes.

Os vinhedos são facilmente vítimas de diferentes aves “pragas”, espécies como tordos, tentilhões, estorninhos e melros. As uvas danificadas, que caem ou permanecem na árvore, podem conter doenças, colocando em risco toda a colheita. Isso contribui para baixos rendimentos, afetando negativamente a indústria do vinho.

A linha de crédito sugerida pelo setor seria utilizada para a implementação de uma das soluções para este problema, que é a instalação de redes de proteção.  O sistema, que garante cobertura das uvas, também pode ser aplicada em plantações de  mirtilo, framboesa, amora e morango, impedindo o acesso das aves às frutas.

Estiveram presentes a presidente da Câmara Setorial de Vitinicultura, Vinho e Derivados, Celia Carbonari, o coordenador das Câmaras Setoriais, José Carlos de Faria Jr, o secretário executivo do FEAP, Daniel Miranda, além de representantes da Frente SP Vinhos.

Por Caroline Guimarães

MTB: 0091806/SP