Métodos de Controle
1. Controle populacional por perseguição e abate direto.
A população de javalis pode ser controlada por meio do abate direto, após perseguição, com ou sem auxílio de cães de perseguição. Também pode ser feito por abate direto em situações em que o controlador “espera” a chegada de javalis, em áreas em que ele previamente conhece da existência desses animais causando problemas. A caça em “espera” pode ser associada à utilização de iscas, como alimentos, na forma de cevas. Por causa da Periculosidade inerente aos atos de controle, os envolvidos devem se preocupar com sua segurança pessoal ou de animais envolvidos, como cães de perseguição. O abate pode ser realizado por meio de dardos lançados por balestra, lança/zagaia ou balas (projéteis balísticos). Quanto ao bem- -estar animal, os problemas relacionados aos métodos de abate podem ser a falta de pontaria e balística
inapropriada (armas de fogo de pequeno calibre), incapazes de provocar a morte ao primeiro disparo.
2. Controle com perseguição e abate direto com o uso de cães.
É admitida a utilização de cães que ajudem na localização e perseguição dos javalis, desde que o controlador observe a ausência de maus-tratos de qualquer tipo e que os mesmos tenham a carteira de vacinação em dia e o atestado de saúde emitido por médico veterinário. O responsável poderá ser responsabilizado legalmente caso sejam constatados maus-tratos e falta de cuidados de proteção da saúde e do bem-estar dos cães.
3. Controle por armadilhas.
É permitido o uso de armadilhas do tipo curral (de aço, de tela de nylon) ou ainda do tipo gaiolas (“jaulas”), desde que não causem sofrimento, ferimentos ou a morte do animal no momento de sua captura. As armadilhas devem ser checadas diariamente para que sejam libertados outros animais que não sejam javali. São proibidas as armadilhas que utilizam laços ou dispositivos que envolvam o acionamento de armas de fogo. As armadilhas tipo jaulas geralmente capturam apenas um indivíduo por vez, sendo indicadas quando se trata de animais isolados, como machos errantes que margeiam os grupos. As armadilhas tipo curral, podem ser de aço ou redes de nylon e são utilizadas na ocorrência de grupos grandes, pois permitem capturar grande número de animais de uma só vez. Essas armadilhas, tipo curral de redes, têm se mostrado bastante eficazes na captura dos grupos, pois são mais leves e fáceis para montar e não precisam ser acionadas, bastando que o animal entre no perímetro da armadilha para ser capturado. O uso de armadilhas depende de acostumar os javalis a esses equipamentos, por meio do uso de alimentos como iscas ou ceva (geralmente milho em grãos); para que o método seja efetivo, pode ser necessário que se faça o monitoramento do local de ceva durante algum tempo, verificando as pegadas e os vestígios que indiquem a presença dos javalis.
4. Controle com associação de armadilhas e perseguição com abate direto.
Pode ser utilizada a combinação das duas estratégias de controle de javalis, eliminação direta com espera ou perseguição e eliminação após captura em armadilhas. Inicialmente, as armadilhas são utilizadas para capturar grupos de javalis (que são então abatidos). Depois da diminuição da população, com o uso de armadilhas, podem ser utilizadas a perseguição e eliminação direta dos javalis com o auxílio de cães para abater aqueles que não foram atraídos pela ceva das armadilhas (geralmente animais maiores, mais velhos e mais desconfiados, que não se deixam enganar pela ceva colocada nas armadilhas). Portanto, a utilização de perseguição para eliminação direta com auxílio de cães ocorre apenas quando o número de javalis ou javaporcos da área em controle já estiver bem diminuído pelo uso de armadilhas.